domingo, 17 de janeiro de 2010

Organizando III

-Voce acha que é capaz de me machucar com esse brinquedo em sua mão? Percebeu que até agora toda a violência foi na realidade gerada por você? Porque a recusa em me receber, não vim para matá-lo! Coloque esse objeto que está em suas mãos sobre a mesa, por favor!
Ele obedeceu como um cordeirinho, o todo poderoso do pedaço estava tremendo de medo de mim!
Puxei uma cadeira e me sentei em sua frente.
-Quem é você, que te enviou aqui? O que..
Eu interrompi, - sempre perguntas... digamos apenas que quero ser sua amiga e vim propor uma troca. Preciso de algumas coisas que você pode me oferecer, em troca posso organizar uma limpeza na área.
-Me diga o que a senhora precisa!
-Agora estamos finalmente nos entendendo! puxei o risque-rabisque que estava em cima da mesa e listei rapidamente o que precisava, dando instruções específicas sobre as condições de entrega, não pude deixar de sorrir quando percebi o quanto Armando estava impressionado com a velocidade com que escrevi, rasguei o pedaço de papel e entreguei a ele.
enquanto ele lia, eu disse:
Pense nisso como uma troca, seu rival... o Paulinho da Várzea -a resposta estava na cabeça dele, eliminar esse sujeito era um desejo tão latente em sua cabeça, quase tanto quanto o medo que eu inspirava- posso acabar com ele e seus capangas mais próximos ainda essa noite, mas em troca quero tudo o que está nesse papel, sem nenhum atraso!
-Claro, tudo o que a senhora quiser! em dois dias, como combinado.
Li sua mente mais uma vez, ele se desdobraria para conseguir tudo, mesmo se eu não cumprisse minha parte, o homem estava apavorado, mas não pude deixar de intimá-lo um pouco mais.
-Não se mente para o diabo! E sei que o senhor está sendo sincero!
Suavemente levantei da cadeira, pisquei para os capangas estáticos no canto da sala, correndo atravessei uma das janelas de vidro, cai levemente agachada no asfalto, limpei os estilhaços de meu corpo e sai à caça novamente.

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